Preparação
- PLANTAS MEDICINAIS E
- AROMÁTICAS
- INTRODUÇÃO
- O uso de plantas
- medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos últimos
- tempos. Dados da Organização Mundial de
- Saúde (OMS) mostram que cerca de 80% da população mundial fez o uso de
- algum tipo de erva na busca de alívio de alguma sintomatologia dolorosa ou
- desagradável. Desse total, pelo menos 30% deu-se por indicação médica. A
- utilização de plantas medicinais, tem inclusive recebido incentivos da própria
- OMS. São muitos os fatores que vêm colaborando no desenvolvimento de práticas
- de saúde que incluam plantas medicinais, principalmente econômicos e sociais.
- "As plantas medicinais brasileiras não curam
- apenas, fazem milagres".
- Com esta célebre frase, Von Martius definiu bem a capacidade de nossas ervas
- medicinais. É bem provável que das cerca de 200.000 espécies vegetais que
- possam existir no Brasil, na opinião de alguns autores, pelo menos a metade
- pode ter alguma propriedade terapeutica útil à população, mas nem 1% dessas
- espécies com potencial foi motivo de estudos adequados. As pesquisas com estas
- espécies devem receber apoio total do poder público, pois, além do fator
- econômico, há que se destacar a importância para a segurança nacional e
- preservação dos ecossistemas onde existam tais espécies.
- Muitas substâncias
- exclusivas de plantas brasileiras encontram-se patenteadas por empresas ou
- órgãos governamentais estrangeiros, porque a pesquisa nacional não recebe o
- devido apoio. Hoje em dia, o custo para desenvolver medicamentos sintéticos ou
- semissintéticos é muito elevado e tem se mostrado pouco frutífero. Os trabalhos
- de pesquisa com plantas medicinais, via de regra, originam medicamentos em
- menor tempo, com custos muitas vezes inferior e, consequentemente, mais
- acessíveis à população, que, em geral, encontra-se sem quaisquer condições
- financeiras de arcar com os custos elevados da aquisição de medicamentos que
- possam ser utilizados como parte do atendimento das necessidades primárias de
- saúde, principalmente porque na maioria da vezes as matérias primas utilizadas
- na fabricação desses medicamentos são importadas. Por esses motivos ou pela
- deficência da rede pública de assistência primária de saúde, cerca de 80% da
- população brasileira não tem acesso aos medicamentos ditos essenciais.
- As plantas
- medicinais, que têm avaliadas a sua eficiência terapêutica e a toxicologia ou
- segurança do uso, dentre outros aspectos, estão cientificamente aprovadas a
- serem utilizadas pela população nas suas necessidades básicas de saúde, em
- função da facilidade de acesso, do baixo custo e da compatibilidade cultural
- com as tradições populares. Uma vez que as plantas medicinais são classificadas
- como produtos naturais, a lei permite que sejam comercializadas livremente,
- além de poderem ser cultivadas por aqueles que disponham de condições mínimas
- necessárias. Com isto, é facilitada a automedicação orientada nos casos
- considerados mais simples e corriqueiros de uma comunidade, o que reduz a
- procura pelos profissionais de saúde, facilitando e reduzindo ainda mais o custo
- do serviço de saúde pública.
- Por essas razões é
- que trabalhos de difusão e resgate do conhecimento de plantas vêm-se difundindo
- cada vez mais, principalmente nas áreas mais carentes.
- Em todo o Brasil
- se multiplicam os programas de fitoterapia, apoiados pelo serviço público de
- saúde. Têm-se formado equipes multidisciplinares responsáveis pelo atendimento
- fitoterápico, com profissionais encarregados do cultivo de plantas medicinais,
- da produção de fitoterápicos, do diagnóstico médico e da recomendação destes
- produtos.
- Para a OMS, saúde
- é : "Um bem - estar físico, mental
- e social e não apenas ausência de doença.". O uso de plantas
- medicinais como prática alternativa pode contribuir para a saude dos
- indivíduos, mas deve ser parte de um sistema integral que torne a pessoa
- realmente saudável e não simplesmente "sem doença".
- *************************************************************************
- PARTE I - Os Princípios
- Ativos
- As plantas
- sintetizam compostos químicos a partir dos nutrientes da água e da luz que recebem.
- Muitos desses compostos ou grupos deles podem provocar reações nos organismos,
- esses são os princípios ativos. Algumas dessas substâncias podem ou não ser
- tóxicas, isto depende muito da dosagem em que venham a ser utilizadas. Assim,
- "Planta medicinal é aquela que contém um ou mais de um princípio ativo que
- lhe confere atividade terapêutica".
- Nem sempre os
- princípios ativos de uma planta são conhecidos, mas mesmo assim ela pode
- apresentar atividade medicinal satisfatória e ser usada desde que não apresente
- efeito tóxico.
- Existem vários
- grupos de princípios ativos, abordaremos apenas alguns de maior importância no
- Quadro I, abaixo:
- Quadro I -
- Características de alguns Grupos de Princípios Ativos em Plantas Medicinais
- GRUPO DE PROPRIEDADES
- MEDICINAIS E/OU TÓXICAS
- PRINCIPIOS ATIVOS
- ALCALÓIDES: Atuam no sistema nervoso central (calmante,
- sedativo,estimulante, anestésico, analgésicos). Alguns podem ser cancerígenos e
- outros antitumorais. Ex.: Cafeína do café e guaraná, teobromina do cacau,
- pilocarpina do jaborandi, etc.
- MUCILAGENS: Cicatrizante, antinflamatório, laxativo,
- expectorante e antiespasmódico.Ex.: babosa e confrei.
- FLAVONÓIDES: Antinflamatório, fortalece os vasos capilares,
- antiesclerótico, anti-dematoso, dilatador de coronárias, espasmolítico,
- antihepatotóxico, colerético e antimicrobiano. Ex.: rutina (em arruda e
- favela).
- TANINOS: Adistringentes e antimicrobianos (antidiarréico).
- Precipitam proteínas.
- Ex.: barbatimao e
- goiabeira.
- ÓLEOS ESSENCIAIS: Bactericida, antivirótico, cicatrizante, analgésico,
- relaxante, expectorante e antiespasmódico. Ex.: mentol nas hortelãs, timol no
- tomilho e alecrim pimenta, ascaridol na erva-de-santa-maria, etc.
- Fonte: Martins
- (1992).
- CULTIVO DE HORTA MEDICINAL
- Para iniciar uma
- horta Medicinal, precisamos selecionar as espécies e identificar corretamente
- as plantas. Uma horta medicinal, por certo, deverá produzir satisfatoriamente,
- ervas que podem ser usadas na culinária, temperos e aquelas de uso de rotina
- para o tratamento de doenças mais comuns do organismo.
- Tão logo sabemos o
- que plantar e por que plantar devemos agora saber onde plantar uma horta
- medicinal.
- LOCAL
- O local a ser
- escolhido para implantação de uma horta medicinal deverá ter água disponível em
- abundância e de boa qualidade, e se ainda exposto ao sol, principalmente pela
- manhã.
- O SOLO
- O solo deve ser
- leve e fértil para que as raízes tenham facilidade de penetrar e desenvolver.
- Tendo
- disponibilidade é bom fazer a análise do solo, principalmente se tratando de
- horta comercial.
- Quanto ao aspecto
- físico do solo, pode ser melhorado, no seu preparo, incorporando no mesmo,
- esterco e/ou composto orgânico, onde fornecerá nutrientes que ajudarão a reter
- a umidade.
- A correção do solo
- pode ser feita com calcário, e ainda podemos também adubá-lo com um produto
- natural que é o humus.
- Certas espécies
- exigem solos úmidos como é o caso do chápeu-de-couro, cana-de-macaco, etc.
- Outras já gostam
- de terrenos areno-argilosos, com umidade controlada, é o caso de cará, bardana,
- alecrim, etc.
- MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO
- - Propagação
- Sexuada
- *Sementes
- *Sementeira/Transplante
- *Semeadura direta
- - Propagação
- Assexuada ou Vegetativa
- *Estacas de folhas
- *Estacas de caule
- *Estacas de raízes
- *Bulbos
- *Rizomas
- *Filhotes ou
- rebentos
- *Divisão de
- touceiras
- PREPARO DO SOLO
- Primeiramente
- fazemos uma limpeza geral da área, e a seguir revolvemos o solo com enxadão,
- pá-reta ou arado (mecanizado ou tração animal).
- A declividade da
- área é um fator de grande importância, pois se a mesma apresentar esta
- característica, devemos planejar antes a distribuição das espécies e a formação
- dos canteiros a fim de evitar a erosão.
- Como por exemplo
- podemos citar o plantio de capim-limão em curva de nível onde o mesmo
- transforma-se numa faixa de retenção. Os canteiros e covas por sua vez também
- devem obedecer sua confecção em curvas de nível.
- Iniciamos a
- formação das sementeiras e canteiros, com as seguintes dimensões: 1 a 1,2 metros de largura e 0,2 metros de altura.
- Nas sementeiras,
- vale lembrar que a terra deve ser bem fofa, e as sementes podem ser cobertas
- com areia bem fina ou terra coada.
- As covas que serão
- feitas para plantio de algumas espécies, devem ter 30 cm de largura x 30 cm de comprimento e 30 de
- fundura.
- ADUBAÇÃO
- É recomendável
- realizar a fosfatagem, com fosfatos naturais para corrigir a deficiência de
- fósforo típica dos solos brasileiros. De uma maneira geral, pode-se usar 150g
- de fosfato/m2/canteiro.
- Uma adubação
- equilibrada é a chave para a obtenção de plantas mais resistentes a pragas e
- doenças também com maiores teores de fármacos, sem comprometer a produção de
- massa verde.
- Para fazer a
- correção básica do solo recomenda-se usar 150g de calcáreo/m2/canteiro.
- O esterco de
- bovino é colocado na proporção de 6
- a 101/m2/canteiro e esterco de galinha de 2 a 3 litros/m2/canteiro, estes
- devendo estar totalmente curtidos.
- Podemos
- acrescentar 2 litros
- de humus/m2/canteiro.
- Em covas deve-se
- colocar ¼ das dosagens recomendadas/m2 para cada canteiro.
- Nas sementeiras a
- adubação é a mesma dos canteiros.
- PRAGAS E DOENÇAS
- As espécies
- medicinais normalmente apresentam alta resistência ao ataque de doenças e
- pragas, mas, por algum desequilíbrio, este pode ocorrer em níveis prejudiciais.
- Num ambiente equilibrado, com plantas bem nutridas, a possibilidade de ataque
- diminui. O uso de produtos químicos(agrotóxicos) é condenado para o cultivo de
- espécies medicinais, isto se justifica pela ausência de produtos registrados
- para estas espécies, conforme exigência legal, e pelas alterações que tais
- produtos podem ocasionar nos princípios ativos. Tais alterações vão desde a
- permanência de resíduos tóxicos sobre as plantas até a veiculação de metais
- pesados como o cádmio e o chumbo. Se para os alimentos já se buscam
- alternativas para evitar o uso de produtos tóxicos, para a produção de fitoterápicos
- a atenção deve ser redobrada.
- Podemos citar como
- exemplos destas alterações o uso de afalon (linuron) em camomila, que alterou
- significamente a concentração dos princípios ativos da flor, segundo pesquisa
- feita por REICHLING (1979). Testes realizados por STARR et. al. (1963) mostram
- que o uso de inseticidas/fungicidas em menta deixam resíduos tóxicos nos seus
- óleos essenciais.
- PRAGAS DOENÇAS
- Ácaros Fungos
- Besouros Bactérias
- Cachonilhas Vírus
- Formigas
- Lagartas
- Percevejos
- Pulgões
- Lesmas
- Nematóides
- CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS
- a) MEDIDAS GERAIS
- - Seleção de área
- de cultivo
- - Manejo do solo
- - Rotação de
- culturas
- - Plantio na época
- correta
- - Usar sementes,
- mudas, estacas de plantas sadias
- - Plantio no
- espaçamento adequado
- - Consorciação
- Uma área grande de
- plantas da mesma espécie pode facilitar o surgimento e rápido desenvolvimento
- de pragas e doenças específicas. A consorciação de duas ou mais espécies reduz
- este risco. É necessário, entretanto, fazer um planejamento desta consorciação
- por causa dos efeitos alelopáticos (ação de uma espécie sobre o desenvolvimento
- da outra). Quando não há informações sobre o efeito da consorciação ela deve
- ser testada primeiro em uma pequena área. Abaixo vemos alguns exemplos de
- asssociações benéficas e associações que devem ser evitadas.
- - Alfavaca: seu
- cheiro repele moscas e mosquitos. Não devem ser plantadas perto da arruda.
- - Funcho: em geral
- não se dá bem com nenhuma outra planta.
- -
- Cravo-de-defunto: protege as lavouras dos nematóides. Aparentemente não é
- prejudicial a nenhuma outra planta.
- - Hortelã: Seu
- cheiro repele lepidópteros tipo borboleta-da-couve podendo ser plantada como
- bordadura de lavouras. Exige atenção pois se alastra com facilidade.
- - Manjerona:
- melhora o aroma das plantas.
- - Alecrim: mantém
- afastados a borboleta-da-couve e a mosca-da-cenoura. É planta companheira da
- sálvia.
- -
- Catinga-de-mulata: seu aroma forte mantém afastados os insetos voadores. Pode
- ser plantado em toda área.
- - Tomilho: seu
- aroma mantém afastada a borboleta-da-couve.
- - Losna: como
- bordadura, mantém os animais fora da lavoura, mas sua vizinhança não faz bem a
- nenhuma outra planta; mantenha-o um pouco afastado.
- - Mil-folhas:
- planta-se com bordadura perto de ervas aromáticas: aumenta a produção de óleos essenciais.
- - Arnica
- brasileira: inibe a germinação de sementes de plantas daninhas.
- b) MEDIDAS
- ESPECÍFICAS PARA CONTROLE DE PRAGAS
- - Macerado de
- samambaia
- Colocar 500 gramas de folhas
- frescas ou 100 gramas
- de folhas secas em um litro de água por dia. Ferver meia hora. Para aplicação
- diluir um litro deste macerado em dez litros de água.
- Controla ácaros,
- cochonilhas e pulgões.
- - Macerado curtido
- de urtiga
- Colocar 500 gramas de folhas
- frescas ou 100 gramas
- de folhas secas em um litro de água e deixar dois dias. Para aplicação diluir
- em 10 litros
- de água e pulverizar sobre as plantas ou no solo.
- Controla pulgões e
- lagartas (aplicado no solo)
- - Macerado de fumo
- Picar 10 cm de fumo de corda e
- colocar em um litro de água por um dia em recipiente não-metálico com tampa.
- Diluir em 10 litros
- de água e pulverizar as plantas.
- Controla
- cochonilhas, lagartas e pulgões.
- - Mistura álcool e
- fumo
- Coloque 10 cm de fumo picado em uma
- tijela e cubra com álcool misturado com um pouco de água. Quando o fumo
- absorver o álcool, coloque mais álcool misturado com um pouco de água e deixe
- dias de molho, tampando a tijela, para que a nicotina seja retirada do fumo.
- Coloque o líquido em uma garrafa com tampa e, na hora de usar, misture com
- sabão ralado e água nas seguintes proporções: um copo de mistura de água e
- fumo, 250 gramas
- de sabão e 10 litros
- de água.
- Controla pulgões.
- - Mistura de
- querosene, sabão e macerado de fumo
- Aqueça 10 litros de água, 20
- colheres de sobremesa de querosene e 3 colheres de sopa de sabão em pó
- biodegradável. Deixe esfriar e adicione um litro de macerado de fumo.
- Pulverizar sobre as plantas.
- Controla
- cochonilhas com carapaça e ácaros.
- - Mistura de
- sabão, macerado de fumo e enxofre
- Misturar em 10 litros de água morna,
- meia barra de sabão, um litro de macerado de fumo e um kg de enxofre. Deixar
- esfriar e pulverizar sobre as plantas.
- Controla ácaros.
- - Cravo de defunto
- Quando plantado
- nas bordaduras impede o aparecimento de nematóides nas plantas cultivadas.
- - Tajujá, taiuiá
- ou melancia-brava
- É uma planta
- trepadeira cujas folhas são bem parecidas com as da melancia. A raiz é
- semelhante à da mandioca. Apanha-se esta raiz, corta-se em pedaços de 10 cm e distribui-se na
- lavoura. A seiva ou líquido existente na raiz atrai insetos, fazendo com que
- estes não ataquem a planta cultivada. Deve ser renovada regurlamente.
- Controla besouros
- ( "vaquinha" ).
- - Purungo ou
- cabaça
- Também é uma
- planta trepadeira. Suas folhas são parecidas com as de abóbora. Quando o fruto
- está maduro (seco) é usada para cuia de chimarrão. Quando está verde, o fruto
- cortado ao meio atrai insetos, devendo ser espalhado na lavoura, como o tajujá.
- Controla besouros
- ("patriota") .
- - Soro de leite
- Quando pulverizado
- sobre as plantas, resseca e mata ácaros.
- - Armadilha
- luminosa
- Colocar uma
- lanterna de querosene acessa a partir das sete horas da noite no meio da
- lavoura e deixar até de madrugada, principalmente nos meses de novembro a
- fevereiro. As mariposas são atraídas pela luz e batem no vidro da lanterna,
- caindo num saco de estopa aberto que é colocado logo abaixo. No dia seguinte
- matar as mariposas.
- Controla
- mariposas, especialmente a mariposa-oriental (broca-dos-ponteiros) que ataca os
- pomares.
- -Saco de aniagem
- Umidecê-lo com um
- pouco de leite e colocar na lavoura em vários locais. No dia seguinte pegar as
- lesmas que estão aderidas ao saco e matá-las.
- - Solução de água
- e sabão
- Colocar 50 gramas de sabão
- caseiro em 5 litros
- de água quente. Após esfriar, aplicar com o pulverizador.
- Controla pulgões,
- cochonilhas e lagartas.
- - Infusão de losna
- Derramar um litro
- de água fervente sobre 300
- gramas de folhas secas e deixar em infusão por 10
- minutos. Diluir em 10
- litros de água. Pulverizar sobre as plantas.
- Controla lagartas
- e lesmas.
- - Cerveja
- A cerveja atrai
- lesmas. Fazer armadilhas com latas de azeite, tirando a tampa e enterrando-as a
- com abertura no nível do solo. Colocar um pouco de cerveja misturada com sal.
- As lesmas caem na lata atraídas pela cerveja e morrem desidratadas pelo sal.
- Controla lesmas.
- - Pimenta vermelha
- Pimenta vermelha
- bem socada, misturada com bastante água e um pouco de sabão em pó ou líquido
- pulverizada sobre as plantas, age como repelente de insetos.
- Outras plantas
- também podem ser utilizadas como inseticidas, entre as quais se destacam:
- - Piretro
- É obtido de
- algumas plantas do gênero Chrysanthemum, da família Asteraceae, com o qual se
- faz um inseticida contra pulgões, lagartas e vaquinhas. É obtida fazendo-se a
- maceração das flores. Sua ação pode ser aumentada ( ação sinergística ) com uso
- da sesamina, produto obtido do extrato de gergelim ( sesamum indicum ), da
- família Pedaliaceae.
- - Alamanda
- Ou
- chapéu-de-Napoleão. São plantas do gênero Allamanda, da família Apocynaceae.
- Com suas folhas prepara-se uma infusão para combater pulgões e cochonilhas.
- - Santa Bárbara
- Ou cinamomo, a
- Melia azedarach. da família Meliacea. O extrato alcoólico de seus frutos é
- utilizado para combater pulgões e gafanhotos. A substância encontrada nesta
- planta, a azadirachtina, inibe o consumo das plantas por estes insetos.
- - Arruda
- Ruta graveolens.
- da família Rutaceae. Suas folhas são utilizadas no preparo de uma infusão para
- o combate a pulgões.
- - Pimenta-do-reino
- Piper niger, da
- família Piperaceae. De seus frutos se extrai uma substância que inibe o consumo
- das plantas por diversos insetos.
- c) MEDIDAS
- ESPECÍFICAS PARA CONTROLE DE DOENÇAS
- - Chá de camomila
- Imergir um punhado
- de flores em água fria por um ou dois dias. Pulverizar as plantas,
- principalmente as mudas em sementeira.
- Controla diversas
- doenças fúngicas.
- - Mistura de cinza
- e cal
- Dissolver 300 gramas de cal virgem
- em 10 litros
- de água e misturar mais 100
- gramas de cinzas. Coar e aplicar sobre as plantas por
- pincelamento ou pulverização durante o inverno, quando as árvores estão em
- dormência.
- Controla barbas,
- líquens e musgos.
- - Cal
- Fazer uma pasta de
- cal e pincelar sobre o tronco. Com isto evita-se a subida de formigas e ajuda
- controlar a barba das frutíferas.
- - Pasta de argila,
- esterco, areia fina e chá de camomila
- Misturar partes
- iguais de argila (barro), esterco, areia fina e chá de camomila, de modo a
- formar uma pasta. Usar para proteger os cortes feitos por podas e também ramos
- ou troncos doentes durante o outono após a queda das folhas e antes da floração
- e brotação.
- - Chá de raiz
- forte (crem)
- Derramar água
- quente sobre folhas novas da raiz forte e deixar em infusão por 15 minutos.
- Diluir 1 litro
- da infusão em 2 litros
- de água e pulverizar a planta toda.
- Controla podridão
- parda das frutíferas.
- - Pasta bordaleza
- Diluir um kg de
- sulfato de cobre bem moído com um pouco de água, mexendo bem com uma vara. Em
- outro vasilhame queimar um kg de cal virgem com água quente, a qual deve ser
- colocada bem devagar. Esperar até que a solução esfrie. Em um terceiro
- vasilhame, com capacidade para 10 litros, colocar a solução de cal e a solução
- de sulfato de cobre, pouco a pouco e mexendo bem com uma vara. Depois completar
- até os dez litros com água e mexer bem novamente. Aplicar com uma brocha de
- pedreiro e pintar os troncos e os galhos mais grossos, evitando as folhas e
- galhos mais finos. Aplicar durante o inverno.
- Controla barba,
- líquens, musgos, algas em frutíferas e ajuda controlar doenças bacterianas em
- outras plantas.
- - Calda
- sulfocálcica
- É o melhor produto
- para o tratamento de inverno das frutíferas. Diluir 1.5 kg de enxofre em pó em
- água, acrescentando um pouco de espalhante adesivo para dissolver melhor. Em
- seguida colocar em uma lata com capacidade de vinte litros e levar ao fogo
- acrescentando 10 litros
- de água. Colocar nesta lata 1.2 de cal virgem fresco e mexer bem. Manter a
- mistura no fogo durante uma hora, acrescentando sempre um pouco de água para
- manter o volume inicial. Após uma hora a calda deve ter cor pardo-avermelhada.
- Deixar esfriar e coar em um pano. Para dosar a quantidade de água para diluir a
- calda teríamos que usar uma tabela e um aparelho chamado aerômetro de Baumé.
- Entretanto, em muitos casos não se justifica comprar este aparelho. Por isso,
- se o cal virgem e o enxofre forem bem frescos, sugerimos diluir um litro de
- calda em cinco litros de água. Em seguida pulverizar toda planta no inverno
- antes do inchamento das gemas.
- Controla as mesmas
- doenças da calda, bordaleza, tendo excelente ação sobre fungos como ferrugem de
- alho e cebola.
- Para controle de
- doenças provocadas por Cladosporium e Phytophthora recomenda-se aplicar
- extratos de plantas que contenham solanina, um alcalóide encontrado em diversas
- espécies do gênero Solanum (ex: batata, fumo-bravo, joá ).
- Além destes
- preparados para controlar/repelir pragas e doenças podemos ainda lançar mão dos
- inimigos naturais destas mesmas pragas e doenças. Um exemplo disto é o produto
- chamado DIPEL, que é um inseticida biológico cujo "ingrediente ativo"
- é uma bactéria ( Bacillus thuringiesis ) que, quando ingerida por lagartas de
- diversas espécies ( mas não todas ), parasita seu intestino levando-ás a morte.
- Esta bactéria não faz mal a outros insetos ou animais e não possui efeito
- residual.
- d) Biofertilizante
- líquido
- O biofertilizante,
- empregado apenas como adubo orgânico com excelentes resultados, é um efluente
- pastoso, resultante da fermentação da matéria orgânica, por um determinado
- tempo, na ausência total de oxigênio. Mas, a partir de 1985, técnicos da
- EMATER-RIO começaram a observar os efeitos do biofertilizante liquído diluído
- em água, percebendo redução do ataque de pragas e doenças. Os efeitos foram:
- - nutricional, com
- aumento da produtividade;
- -
- fito-hormonal,induz floração e facilita o enraizamento de estacas;
- - nematicida,
- controla larvas e nematóides quando aplicado puro sobre o solo;
- - fungistático e
- bacteriostático, reduzem o ataque de fungos e bactérias;
- - inseticida e
- repelente, mata insetos de "corpo mole" (formas larvais e jovens),
- como lagartas, e repele os ditos de "corpo duro" (insetos adultos
- alados).
- Todas as ações ocorrem
- sem haver desequilíbrios, pois o biofertilizante é constituídosimplesmente por
- macro, meso e microelementos e aminoácidos úteis ao desenvolvimento do vegetal.
- Não é recomendado pulverizar durante a floração, para não haver prejuízos à
- polinização.Para produzir o biofertilizante, a EMATER-RIO recomenda uma bombona
- plástica com esterco bovino misturado em partes iguais com água pura,
- não-clorada, deixando-se um espaço vazio de 15 a 20 cm no seu interior. Esta
- bombona é hermeticamente fechada, tendo adaptada, em uma de suas tampas, uma
- mangueira plástica fina, que tem a outra extremidade mergulhada em uma garrafa
- cheia de água. Tudo isto serve para garantir a anaerobiose necessária ao
- processo de fermentação, a qual dura 30 dias. O material a ser empregado é
- coado em peneira e, posteriormente, filtrado em pano fino. O tempo de
- utilização do biofertilizante é reduzido, devendo ser usado imediatamente ou,
- no máximo, em uma semana, para que não perca o efeito fitosanitário. Caso não
- possa ser utilizado, ele deve voltar ao sistema anaeróbico, ficando por mais 30
- dias. Neste caso, só terá efeito hormonal e nutricional.
- A aplicação do
- biofertilizante é feita com os pulverizadores normalmente utilizadosnas
- lavouras. Dilui-se a 50%, isto é, colocam-se 50 litros de biofertilizante
- e completa-se com água para 100
- litros ou proporções equivalentes. Esta concentração
- garante o controle dos insetos de "corpo mole",agindo como inseticida
- de contato, repelindo as formas adultas. Elevando-se a concentração, aumenta
- também o controle dos insetos em formas adultas. À medida que se diminui a
- concentração da calda, diminui o efeito inseticida, permanecendo o efeito
- repelente de insetos adultos. As pulverizações são feitas em alto volume, ou
- seja, as plantas devem ser totalmente recobertas com a calda. As estacas
- poderão ser mergulhadas em biofertilizante liquído puro, por 1 a10 minutos,
- sendo secas à sombra por cerca de duas horas e postas a enraizar em seguida. Maiores
- informações são apresentadas no trabalho de VAIRO DOS SANTOS (1992).
- Talvez o único
- inconveniente do uso do biofertilizante seja a carga microbiológica, que
- poderia ser aumentada sobre a parte aérea das plantas, comprometendo a
- qualidade. No entanto, não há estudos envolvendo plantas medicinais.
- Quadro informativo
- sobre cultivo, colheita e propagação das plantas medicinais
- Nome Nome Propagação Espaçamento Início da Porte da
- Comum Botânico entre plantas(m)
- colheita planta (m)
- ALECRIM Rosmarinus
- officinalis estacas 1,2 x 0,9 1 ano 1,0
- ALECRIM Lippia
- sidoides estacas 1,5 x 1,2 1 ano 1,5
- PIMENTA
- CALÊNDULA
- Calendula officinalis sementes 0,2 x 0,2 no floresci mento 0,5
- CONFREI Symplytum
- sp div. de touceiros 0,5 x 0,5 3 meses 0,5
- CHAPÉU - DE -
- Equinodorus div. de touceiros 0,6 x 0,6 3meses 0,6 a 1,5
- COURO macrophyllus
- QUEBRA -
- Phyllantus niruri sementes 0,2 x 0,2 3 meses 0,5
- PEDRA
- POEJO Mentha
- pulegium rizomas ou 0,3 x 0,3 3 meses rasteiro
- estacas herbáceas
- MIL - FOLHAS
- Achilea milefolium rebentos 0,5 x 0,3 4 meses 0,5
- TANCHAGEM Plantago
- sp sementes 0,3 x 0,3 3 meses 0,4
- GUACO Mikania
- glomerata estacas 3,0 x 2,5 6 meses trepadeira
- ARTEMÍSIA
- Artemisia vulgaris sementes 0,3 x 0,3 no floresci mento 0,5
- AGRIÃO Lepidium
- sativum ritozomas 0,3 x 0,3 3 meses rasteiro
- sementes
- HORTELÃ Mentha
- villosa estacas herbáceas 0,3 x 0,3 3 meses rasteiro
- rizomas
- BOLDO Vernonia
- condensata estacas 3,0 x 2,0 4 meses 2,5
- CAMPIM -
- Cymbopogon citratus div. de touceiras 1,0 x 0,4 3 meses 0,5
- SANTO
- ERVA DE SANTA
- Chenopodium sementes 0,5 x 0,5 3 meses 0,8
- - MARIA
- ambrosioide
- FOLHA DA Bryophyllum
- folhas 0,5 x 0,5 6 meses 0,6 a
- ,0
- FORTUNA pinnatum
- FUNCHO Foeniculum
- vulgare sementes 0,3 x 0,3 3 a
- meses 0,8
- GENGIBRE Zingiber
- officinalis rizomas 0,5 x 0,5 8
- a 10 meses 0,9
- a 1,2
- MARACUJÁ
- Passiflora edulis sementes 5,0 x 3,0 1 ano trepadeira
- MENTRASTO Agerato
- conyzóides sementes 0,3 x 0,3 3 meses 0,5
- ERVA CIDREIRA
- Líppia alba sementes estacas 1,0 x 0,5 6 meses 1,0
- - DE ARBUSTO
- CAMOMILA Chamomila
- recutita sementes 0,5 x 0,15 4 a
- meses 0,4
- ORÉGANO Origanum
- vulgare sementes ou 0,6 x 0,3 1 ano 0,3
- estacas herbáceas
- TOMILHO Thymus
- vulgaris sementes ou 0,6 x 0,3 18 meses 0,3
- estacas herbáceas
- CARQUEJA Bicharis
- articulata sementes ou 0,5 x 0,3 5 meses 0,6
- estacas
- ALHO Allium
- sativum bulbilhos 0,25 x 0,10 4
- a 5 meses 0,3
- a 0,4
- **************************************************************************************
- Parte II - Colheita e
- Processamento
- - DETERMINAÇÃO DO PONTO DE COLHEITA
- O primeiro aspecto
- a ser observado na produção de plantas medicinais de qualidade, além da
- condução das plantas, é sem dúvida a colheita no momento certo.
- As espécies
- medicinais, no que se refere à produção de substâncias com atividade
- terapêutica, apresentam alta variabilidade no tempo e espaço. O ponto de
- colheita varia segundo órgao da planta, estádio de desenvolvimento, época do
- ano e hora do dia.
- A distribuição das
- substâncias ativas, numa planta, pode ser bastante irregular, assim, alguns
- grupos de substâncias localizam-se preferencialmente em órgãos específicos do
- vegetal. Os flavonóides, de uma maneira geral, estão mais concentrados na parte
- aéreas da planta, em camomila (Chamomila recutita) o camazuleno e outras
- substâncias estão mais concentradas nas flores. Vê-se, portanto, a necessidade
- de conhecimento da parte que deve ser colhida para que se possa estabelecer o
- ponto ideal.
- O estádio de
- desenvolvimento também é muito importante para que se determine o ponto de
- colheita, principalmente em plantas perenes e anuais de ciclo longo, onde a
- máxima concentração é atingida a partir de certa idade e/ou fase de desenvolvimento.
- Por exemplo, o jaborandi (Pilocarpus microphyllus) apresenta baixo teor de
- pilocarpina (alcalóide) quando jovem. O alecrim (Rosmarinus officinalis)
- apresenta maior teor de óleos essenciais após a floração, sendo uma das
- exceções dentre as plantas medicinais de um modo geral.
- Há uma grande
- variação na concentração de princípios ativos durante o dia: os alcalóides e
- óleos essenciais concentram-se mais pela manhã, os glicosídeos à tarde. As
- raízes devem ser colhidas logo pela manhã.
- Também a época do
- ano parece exercer algum efeito nos teores de princípios ativos, assim a
- colheita de raízes no começo do inverno ou no início da primavera (antes da
- brotação), são citados como melhores épocas.
- As cascas são
- colhidas quando planta está completamente desenvolvida, ao fim da vida anual ou
- antes da floração (nas perenes), nos arbustos as cascas são separadas no outono
- e, nas árvores, na primavera.
- No caso de
- sementes recomenda-se esperar até o completo amadurecimento, no caso de frutos
- deiscentes (cujas sementes caem após o amadurecimento), a colheita deve ser
- antecipada.
- Os frutos carnosos
- com finalidade medicinal são coletados completamente maduros. Os frutos secos,
- como os aquênios, podem cair após a secagem na planta, por isso recomenda-se
- antecipar a colheita, como ocorre com o funcho (Foeniculum vulgare).
- Deve-se salientar
- que a colheita das plantas em determinado ponto tem o intuito de obter o máximo
- teor de princípio ativo, no entanto, na maioria das vezes, nada impede que as
- plantas sejam colhidas antes ou depois do ponto de colheita para uso imediato.
- O maior problema da época de colheita inadequada é a redução do valor
- terapêutico e/ou predominância de princípios tóxicos, como no confrei
- (Symphitum ssp.).
- Existem alguns
- aspectos práticos que deveremos levar em consideração, no processo de colheita
- de algumas espécies.
- Na melissa
- cortamos seus ramos e não somente colhemos suas folhas, desta forma conseguimos
- uma produção em torno de 3 t/ha de matéria seca, em cortes, que são efetuados
- no verão e outono.
- No poejo, temos
- que ser cuidadosos, pois é uma erva rasteira. Com essa característica, poderá
- trazer-nos prejuízos pela contaminação do material, que sendo colhido muito
- próximo do solo, terá muitas impurezas. Produz aproximadamente 2 t/ha de matéria
- seca em três cortes anuais.
- No boldo
- (Necroton) devemos colher somente as folhas, com bom estádio de
- desenvolvimento. Desidratadas produzem cerca de 2,5 t/ha.
- Na carqueja
- devemos cortar totalmente sua parte herbácea, respeitando dois nós acima da
- superfície do solo. Esse procedimento favorecerá posteriormente a rebrota das
- plantas. Produz cerca de 2 t/ha de planta seca, em duas a três colheitas por
- ano. O ponto ideal é no início da floração.
- No capim limão
- fazemos também o corte total, e procedemos como a colheita da carqueja. Devemos
- eliminar as folhas doentes, com manchas ou secas, que são inadequadas para o
- beneficiamento. Produz cerca de 3 t/ha de matéria seca em dois cortes por ano.
- No quebra-pedra,
- colhermos a planta inteira. Suas raízes, podem ser lavadas em água limpa.
- Produz cerca de 3 t/ha de matéria seca em duas safras anuais.
- Na camomila
- colhemos as flores em várias passadas. Devem apresentar seus capítulos florais
- completos. Sua produção varia em torno de 600 a 800 kg/ha de flores secas, em uma única
- safra.
- Quadro II
- Recomendações Gerais de Colheita
- PARTE COLHIDA PONTO DE COLHEITA
- Talos e folhas
- Antes do florescimento
- Flores No
- início da floração
- Frutos e
- sementes Quando maduros
- Raízes Quando a
- planta estiver adulta
- Casca e
- entrecasca Quando a planta estiver florida
- Fonte: Guia....
- (1990);CORREA et al (1991); MARTINS et al (1992).
- OPERAÇÃO DE COLHEITA
- Uma vez
- determinado o momento correto, deve-se fazer a colheita com tempo seco, de
- preferência, e sem água sobre as partes, como orvalho ou água nas folhas. Assim
- a melhor hora da colheita é pela manhã, logo que secar o orvalho das plantas.
- O material colhido
- é colocado em cestos e caixas; deve-se ter o cuidado de não amontoá-los ou
- amassá-los, para não acelerar a degradação e perda de qualidade.
- Deve-se evitar a
- colheita de plantas doentes, com manchas, fora do padrão, com terra, poeira,
- órgãos deformados, etc.
- Durante o processo
- de colheita é importante evitar a incidência direta de raios solares sobre as
- partes colhidas, principalmente flores e folhas. As raízes podem permanecer por
- algum tempo ao sol.
- Um ponto mais
- importante, para a qualidade, é a anotação dos dados referentes às condições no
- momento da colheita, condução da lavoura, local, produtor, condições de secagem,
- etc. Imediatamente após a colheita o material deve ser encaminhado para a
- secagem.
- PROCESSAMENTO PÓS-COLHEITA
- Normalmente após a
- colheita das plantas pode-se fazer o uso direto do material fresco, extrair
- substâncias ativas e aromáticas do material fresco ou a secagem para
- comercializaçao "in natura", a qual requer mais atenção, por permitir
- a conservação e possibilitar a utilização das plantas a qualquer tempo e não
- somente quando atingirem o ponto de colheita.
- SECAGEM
- O consumo de plantas
- medicinais frescas garante ação mais eficaz dos princípios curativos,
- entretanto, nem sempre se dispõe de plantas frescas para uso imediato, e a
- secagem possibilita conservação quando bem conduzida.
- No beneficiamento
- de plantas medicinais são utilizados vários processos.
- Dependendo da
- espécie e da forma de comercialização, esses processos são utilizados
- diferencialmente. Por exemplo, as mentas podem ter as folhas dessecadas ou o
- óleo essencial comercializado, duas condições que exigem metodologias diferentes.
- A maioria das plantas medicinais é comercializada na forma dessecada tornando o
- processo de secagem fundamental para a qualidade final do produto.
- A redução do teor
- de água durante a secagem, impede a ação enzimática e consequente deterioração.
- O órgão vegetal,
- seja folha, flor, raiz, casca, quando recém colhido se apresenta com elevado
- teor de umidade e substratos, o que concorre para um aumento na ação
- enzimática, que compreende diversas reações. Estas reações são reduzidas à
- medida que se retira água do órgão, pois a redução de umidade do meio é o
- melhor inibidor da ação enzimática. Daí a necessidade de iniciar a secagem
- imediatamente após a colheita.
- A secagem reduz o
- peso da planta, em função da evaporação de água contida nas células e tecidos
- das plantas, promovendo o aumento percentual de princípios ativos em relação ao
- peso inicial da planta. Daí dever-se utilizar menor quantidade de plantas secas
- do que frescas. No entanto, esta percentagem varia com a idade da planta e
- condições de umidade do meio.
- Durante o processo
- de colheita é importante evitar a incidência direta de raios solares sobre as
- partes colhidas, principalmente flores e folhas. As raízes podem permanecer por
- algum tempo ao sol.
- Um ponto mais
- importante, para a qualidade, é a anotação dos dados referentes às condições no
- momento da colheita, condução da lavoura, local, produtor, condições de
- secagem, etc. Imediatamente após a colheita o material deve ser encaminhado
- para a secagem.
- CUDADOS QUE ANTECEDEM A SECAGEM
- Antes da secagem,
- deve-se adotar alguns procedimentos básicos para a boa qualidade do produtos,
- independente do método de secagem a ser utilizado. Sendo eles:
- *Não
- se deve lavar as plantas previamente antes da secagem, exceto no caso de raízes
- e rizomas que devem ser lavados. Caso a parte aérea das plantas estejam muito
- sujas, usa-se água limpa para uma lavagem, efetua-se uma agitação branda dos
- ramos logo em seguida, para eliminar a maior parte da água sobre a superfície
- da planta. A lavagem da parte aérea deve ser rápida, para evitar a perda de
- princípios ativos.
- *Deve-se
- separar as plantas de espécies diferentes.
- *As
- plantas colhidas e transportadas ao local de secagem não devem receber raios
- solares.
- *Antes de submeter
- as plantas à secagem, deve-se fazer a eliminação de impurezas (terra, pedras,
- outras plantas, etc) e partes da planta que estejam em condições indesejáveis
- (sujas, descoloridas ou manchadas, danificadas...).
- *As
- plantas colhidas inteiras devem ter cada parte (folhas, flores, sementes,
- frutos e raízes) colocadas para secar em separado, e conservadas depois em
- recipientes separados.
- *Quando
- as raízes são volumosas, pode-se cortá-las em pedaços ou fatias para facilitar
- a secagem, como se faz em batata-de-purga (Operculina macrocarpa).
- *Para
- secar as folhas, a melhor maneira é conservá-las com seus talos, pois isto
- preserva suas qualidades, previne danos e facilita o manuseio. Folhas grandes
- devem ser secas separadas do caule. Nas fohas com nervura principal muito
- espessa, como alcachofra (Cynara scolymus), estas são removidas para facilitar
- a secagem.
- MÉTODOS DE SECAGEM
- A secagem pode ser
- conduzida em condições ambientes ou artificialmente com uso de estufas,
- secadoras, etc. Dependendo do método utilizado e do órgão da planta a ser
- dessecado, têm-se uma necessidade de área útil do secador variável entre 10 e
- % da área colhida.
- a) SECAGEM NATURAL
- A secagem natural
- é um processo lento, que deve ser conduzido à sombra, em local ventilado,
- protegido de poeira e do ataque de insetos e outros animais. Este processo é
- recomendado para regiões que tenham condições climáticas favoráveis,
- relacionadas principalmente a alta ventilação e temperatura, com baixa umidade
- relativa. É o mais usado a nível doméstico.
- O secador de
- temperatura ambiente é o modelo mais econômico e dá bons resultados em climas
- secos e quentes quando na época da colheita e secagem, isto porque só conta com
- a temperatura ambiente local. Constitui-se numa construção retangular com um
- telhado de duas águas, o que lhe dá a aparência de uma casa retangular. Dentro,
- deve conter estruturas de madeira ou metal, onde se apoiam as plantas em feixes
- ou em bandejas.
- Deve-se espalhar o
- material a ser seco em camadas finas, permitindo assim a circulação de ar entre
- as partes vegetais, o que favorece a secagem mais uniforme. Em geral a
- espessura da camada de plantas na secagem é de 3 cm para folhas e 15 a 20 cm para flores e umidades
- floridas. Para isto podem ser utilizadas bandejas com moldura semelhantes.
- Deve-se evitar o revolvimento do material durante o processamento de secagem.
- Quando a secagem é muito lenta, pode-se fazer cuidadosa movimentação das
- plantas sobre as bandejas, evitando-se danos, principalmente se o material está
- muito úmido.
- Outra maneira
- prática é dependurar as plantas em feixes pequenos amarrados com barbante. Os
- feixes devem ficar afastados entre si. Este método nao é adequado para plantas
- cujas folhas caem durante a secagem, como o manjericão.
- As plantas secas
- nestas condições vão ter um teor de umidade em equilíbrio com a umidade relativa
- do ambiente. Se esta for baixa, tanto menor vai ser o teor de umidade ao final
- da secagem, o que melhora a conservação do material seco.
- b) SECAGEM ARTIFICIAL
- A secagem
- artificial consiste em manter sob ventilação a uma temperatura de 35 a 40º C. As temperaturas
- acima de 45º C danificam os órgãos vegetais e seu próprio conteúdo, pois
- proporcionam uma "cocção" das plantas e não uma secagem, apesar de
- inativarem mais rapidamente as enzimas.
- Esta secagem
- origina um material de melhor qualidade por aumentar a rapidez do processo.
- Para a secagem de
- plantas medicinais com fins de comercialização utilizam-se basicamente três
- tipos de secadores: o secador de temperatura ambiente (já descrito
- anteriormente), o secador de temperatura e umidade controlada e os secadores
- especiais.
- O "secador de
- temperatura e umidade controlada" é conhecido por "estufa" e tem
- o formato semelhante ao anterior, diferindo por ser mais fechado e possuir uma
- pequena fornalha externa que é recomendada para locais de clima frio e chuvoso
- ou para dessecação de órgãos carnosos e/ou suculentos.
- O uso de forno de
- microondas também é uma alternativa para secagem das plantas. As folhas mais
- tenras e suculentas levam cerca de 3 minutos na secagem, e as ervas com folhas
- pequenas, mais secas, apenas 1 minuto. Por esse método preserva-se a cor e
- aroma das folhas.
- Uma outra
- alternativa que vem sendo testada, nas instalações do Grupo Entre Folhas, é o
- secador onde se altera somente a umidade relativa do ar. Utiliza-se um aparelho
- que reduz a umidade relativa a níveis pré-estabelecidos, secando as plantas
- mais facilmente e em menor tempo. O aparelho elétrico, conhecido como
- desumificador, fica dentro de uma sala, vedada contra a entrada de ar úmido,
- luz e poeira. Dentro desta sala, ficam bandejas de madeira, com fundo em tela
- plástica branca, sobres as quais são colocadas as plantas colhidas. Este
- sistema é razoavelmente simples, pois envolve o uso de um só equipamento que
- permite a secagem rápida das plantas, quando a umidade relativa é fixada em 50 a 60%.
- ARMAZENAMENTO E EMBALAGEM
- O material está
- pronto para ser embalado e guardado quando começa a ficar levemente quebradiço.
- O teor de umidade ideal após a secagem deve ser de 5 a 10% para folhas e flores,
- para cascas e raízes esta umidade varia entre 12 e 20%.
- O período de
- armazenagem deve ser o menor possível, para reduzir as perdas de princípios
- ativos. Preferencialmente o local deve ser escuro, arejado e seco, sem acesso
- de insetos, roedores ou poeira.
- O acondicionamento
- do material vai depender do volume produzido e do tempo que se pretende
- armazená-lo. Na literatura são encontradas recomendações aplicáveis a condições
- de clima temperado, como o uso de tonéis de madeira não aromática, que
- conservam o produto por muito tempo. Serão necessários estudos para avaliar os
- diversos tipos de embalagens e o período de conservação máximo.
- Pequenas
- quantidades de plantas podem ser colocadas em potes de vidro ou sacos de
- polietileno ou polipropileno, que também parecem permitir boa conservação. O
- uso de sacos de juta tem sido utilizado a curto prazo. Em todos os casos não se
- recomenda colocar próximas as embalagens de espécies diferentes (principalmente
- as fortemente aromáticas) ou depositar diretamente sobre o piso (colocar sobre
- estrados próprios ou dependurar).
- O material, antes
- de ser armazenado, deve ser inspecionado quanto à presença de insetos e fungos.
- Durante o armazenamento deve-se repetir com frequência tais inspeções. No caso
- de ataque recomenda-se eliminar o material, não se aconselha o expurgo das instalações
- em presença das ervas, uma vez que não existe registro, para plantas
- medicinais, dos produtos normalmente utilizados nestas operações.
- **************************************************************************************
- PARTE III - ALGUMAS PLANTAS IMPORTANTES
- ALECRIM (Rosmarinus officinalis L.)
- Indicações: estimulante digestivo e para falta de apetite
- (inapetência), contra azia, para problemas respiratórios e debilidade cardíaca
- (cardiotônico), contra cansaço físico e mental, combate hemorróidas,
- antiespasmódico (uso interno) e cicatrizante (uso externo).
- Parte usada: folhas
- Preparo e dosagem:
- - xarope - para
- /2 litro de xarope adicionar o suco de 4 xíc. de cafezinho de folhas frescas,
- tomar 1 colher de sopa a cada 3 horas (para problemas respiratórios).
- - infusão - 1 xíc.
- de cafezinho de folhas secas em ½ litro de água, tomar xíc. de chá a cada 6
- horas.
- - tintura - 10
- xíc. de cafezinho de folhas secas em ½ litro de álcool de cereais ou
- aguardente, tomar 1 colher de chá 3 vezes ao dia em um pouco d'água (para a
- maioria das indicações, inclusive hemorróidas).
- - pó - as folhas
- secas reduzidas a pó têm bom efeito cicatrizante.
- Outros usos: Usam-se ramos em armários para afugentar insetos.
- Toxicologia: em altas doses pode ser tóxico e abortivo.
- ALECRIM-PIMENTA (Lippia sidoides)
- Indicações: para impingens, acne, pano-branco, aftas, escabiose,
- caspa, maus odores dos pés, axilas, sarna-infecciosa, pé-de-atleta, para
- inflamações da boca e garganta, como antiespasmódico e estomáquico. Seus constituíntes
- químicos lhe conferem forte ação antisséptica contra fungos e bactérias.
- Parte usada: folhas secas ou frescas.
- Preparo e dosagem:
- - infusão - 1
- colher de chá de folhas picadas para cada xíc. de água, tomar 2 a 3 xíc. por dia.
- Preparo e dosagem:
- - tintura - 200 a 300 g de folhas frescas com
- /2 l de álcool e 250 ml de água.Usar como loção em lavagens e compressas. Para
- gargarejos e bochechos usar a tintura diluída em duas partes de água.
- ALHO (Allium sativum L.)
- Indicações: contra hipertensão, picadas de inseto, diurético,
- expectorante, antigripal, febrífugo, desinfetante, antinflamatório,
- antibiótico, antisséptico, vermífugo (lombriga, solitária e ameba), para
- arterioesclerose e contra ácido úrico.
- Parte usada: dentes (bulbilhos)
- Preparo e dosagem:
- - maceração -
- esmagar um ou dois dentes de alho dentro de um copo com água. Tomar um copo
- três vezes ao dia (para gripe, resfriado, tosse e rouquidão).
- - tintura - moer
- uma xíc. (cafezinho) de alho dentro de um recipiente contendo 5 xíc. de álcool 92o
- GL, deixar em maceração por 10 dias, coar. Tomar 10 gotas em meio copo de água
- três vezes ao dia, para problemas do aparelho respiratório (gripes, etc.). Para
- hipertensão utilizar uma colher de chá da tintura em meio copo de água três
- vezes ao dia ou comer dois dentes de alho pela manhã.
- - vermífugo -
- comer três dentes de alho pela manhã em jejum durante sete dias.
- - dores de ouvido
- - amassar um dente de alho em uma colher de sobremesa de azeite morno. Pingar
- três gotas no ouvido e tampar com algodão.
- - arteriosclerose
- - comer na alimentação 3 dentes de alho cru picado, 3 vezes por semana, durante
- meses.
- Toxicologia: contra indicado para pessoas com problemas estomacais
- e de úlceras, incoveniente para recém-nascidos e mães em amamentação, e ainda em
- pessoas com dermatites. Em doses muito elevada, pode provocar dor de cabeça, de
- estômago, dos rins e até tonturas.
- ARTEMÍSIA (Chrysanth emum
- parth enium Bern.)
- Indicações: antileucorréico, emenagogo, antiespasmódico,
- febrifugo, para dores de cabeça, enxaquecas, artrites, diarréia, pertubações
- gástricas e insônia.
- Parte usada: folhas e flores.
- Preparo e dosagem:
- - infusão - 2 a 3 folhas e 3 a 4 flores em 1 xíc. de chá
- com água, tomar 1 xíc. por dia.
- Outros usos: planta ornamental, repelente de insetos.
- Toxicologia: Não deve ser utilizado durante a gravidez, pois exerce
- forte ação sobre o útero, podendo causar aborto.
- BABOSA (Aloe sp.)
- Indicações: o suco das folhas é emoliente e resolutivo, quando
- usadas topicamente sobre inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda
- de cabelo, etc. A polpa é antioftálmica, vulnerária e vermífuga (uso interno).
- A folha despida de cutícula é um supositório calmamente nas retites
- hemorroidais. É ainda utilizada externamente nas entorses, contusões e dores
- reumáticas.
- Parte usada: folhas, polpa e seiva.
- Preparo e dosagem:
- - suco - uso
- interno do suco fresco, como anti-helmíntico.
- - cataplasma -
- aplicar sobre queimaduras 3 vezes ao dia.
- - supositório - em
- retites hemorroidais.
- - resina - é a
- mucilagem após a secagem. Prepara-se deixando as folhas penduradas com a base
- cortada para baixo por 1 ou 2 dias, esse sumo é seco ao fogo ou ao sol,quando
- bem seco, pode ser transformado em pó dissolvido em água com açúcar, como
- laxante.
- - tintura -
- usam-se 50 g
- de folhas descascadas, trituradas com 250 ml de álcool e 250 ml de água, a
- tintura é coada em
- seguida. Deve ser utilizada sob a forma de compressas e
- massagens nas contusões, entorces e dores reumáticas.
- Toxicologia: não deve ser ingerida por mulheres durante a
- menstruação ou gravidez. Também deve ser evitada nos estados hemorroidários.
- Não usar internamente em crianças.
- BOLDO (Vernonia condensata Beker)
- Indicações: aperiente, colagogo, colerético, desintoxicante do
- fígado, diurético e antidiarrético. Usado popularmente para a ressaca
- alcoólica.
- Parte usada: folhas.
- Preparo e dosagem:
- - infusão - 5
- folhas por litro d'água, tomar pela manhã (para o fígado) ou após as refeições
- (contra diarréia).
- - tintura -
- (aperiente) colocar 1 colher de folhas picadas para 1 xíc. de álcool neutro 70o
- GL, deixar macerar por 3 dias, tomar 1 colher dissolvida em água antes das
- refeições.
- - maceração - 5
- folhas em um copo d'água, tomar 2
- a 3 vezes ao dia (ressaca alcoólica), recomenda-se tomar
- antes e após ingestão de bebidas alcoólicas.
- Toxicologia: outras espécies do gênero Vernonia não apresentam
- nenhum efeito tóxico, exceto um glicosídeo cardiotônico encontrado nas raízes
- de uma das espécies na África. Não se aconselha o uso prolongado da planta.
- CALÊNDULA (Calendula officinalis)
- Indicações: cicatrizante e antisséptico (uso externo).
- Sudorífico, analgésico, colagogo, antinflamatório, antiviral, antiemético,
- vasodilatador e tonificante da pele (contra acne).
- Parte usada: flores e folhas.
- Preparo e dosagem:
- - pomada e tintura
- (uso externo) - feitos com folhas e flores, usar sobre as partes afetadas 3 a 4 vezes por dia. A tintura,
- diluída com água destilada ou fervida, pode ser aplicada diretamente em
- ferimentos diversos, exercendo excelente ação cicatrizante, utiliza-se 1 a 2 partes de água para 1 de
- tintura.
- - infusão - 2
- colheres de sopa de flores em ½ l d'água (emanagogo) ou 2 colheres de sopa de
- flores em 1 xíc. de chá de água (contra acne). No primeiro caso toma-se 1 xíc.
- de chá antes de cada refeição principal, começando 8 dias antes da menstruação
- e no segundo caso toma-se1/2 xíc. de chá de manhã e ½ xíc. à noite.
- - cataplasma -
- folhas e flores tenras, socadas e empastadas, são aplicadas sobre ferimentos,
- sobre um pano limpo.
- CAPIM-SANTO (Cymbopogon citratusz)
- Indicações: bactericida, antiespasmódico, calmante, analgésico
- suave, carminativo, estomáquico, diurético, sudorífico, hipotensor,
- anti-reumático. Mais utilizado em diarréias, dores estomacais e problemas
- renais.
- Parte usada: folhas
- Preparo e dosagem:
- - infusão - 4 xíc.
- de cafezinho de folhas picadas em 1 litro d'água, tomar 1 xíc. 2 a 3 vezes ao dias.
- Toxicologia: pode
- ser abortivo em doses concentradas.
- CONFREI (Symphitum sp. L.)
- Indicações: hemostático, antinflamatório, cicatrizante. Utilizando
- para favorecer o crescimento de tecidos novos em ulcerações, feridas e cortes,
- fraturas e afecções ósseas (onde age como indutor da produção calcárea).
- Parte usada: rizoma, raízes e folhas.
- Preparo e dosagem:
- - cataplasma e
- banhos locais - várias vezes ao dia .
- - emplasto - esmagar
- folhas em água morna e colocar diretamente sobre ferimentos (cicatrizantes),
- lavar e repetir 2 vezes ao dia. No caso de contusões e inchaços colocar o
- emplasto dentro de um pano antes de aplicar.
- - tintura - 1
- parte de sumo das folhas em 5 partes de álcool, preparar pomadas e ungüentos.
- Outros usos: foi muito utilizada como forrageira, pelo alto teor
- de proteína e excelente produção de massa verde.
- Existem
- referências que tratam da presença de alcalóides cancerígenos no confrei,
- principalmente em folhas jovens. O uso externo sobre feridas pode promover
- rápida cicatrização externa, sendo que o processo inflamatório pode continuar
- internamente. A absorção dérmica, das substâncias tóxicas, parece não ser
- significativa.
- ERVA-CIDREIRA-DE-ARBUSTO (Lippia alba (Mill) N. E. Brown)
- Indicações: antiespasmódico, estomáquico, carminativo, calmante,
- digestivo e combate a insônia e asma.
- Parte usada: folhas.
- Preparo e dosagem:
- - infusão - 1
- colher de sopa de folhas frescas para cada ½ litro d'água, tomar 4 a 6 xíc. de chá ao dia.
- Outros usos: planta melífera.
- Toxicologia: popularmente não se recomenda o uso por hipotensos
- (pressão baixa).
- ERVA-DE-SANTA-MARIA (Chenopodium ambrosioides L.)
- Indicações: estomáquico, diurético, vermífugo, sudorífico, para
- angina e infecções pulmonares. Cicatrizante e para contusões (uso externo).
- Parte usada: folhas e flores.
- Preparo e dosagem:
- - infusão - 1 xíc.
- de cafezinho de planta fresca com sementes em ½ litro d'água, tomar 1 xíc. de
- chá de 6 em 6 horas (vermífugo, estomáquico).
- - sumo - 2 a 4 colheres de sopa do sumo
- das folhas para 1 xíc. de chá de leite, uma vez ao dia, as crianças maiores de
- anos, devem tomar a metade da dose (peitoral).
- - sumo - 1 copo da
- planta picada com sementes para 2 copos de leite, bater no liquidificador,
- tomar 1 copo de suco 1 vez ao dia por 3 dias seguidos (vermífugo).
- - cataplasma -
- colocar 1 xíc. de cafezinho de vinagre, 1 colher de sopa de sal, amassar a
- planta na mistura até obter uma papa, colocar sobre o local afetado e enfaixar
- (contusões).
- - geléia - pegar 4
- bananas nanicas maduras com casca , picar 1 copo de folhas de
- erva-de-santa-maria com sementes, meio copo de hortelã, 1 copo e meio de
- açúcar. Triturar bem as plantas em um pilão, pode-se adicionar um pouco de
- água, em seguida juntar a banana e o açúcar, amassar bem. Levar ao fogo até dar
- o ponto de geléia, o que ocorre em poucos minutos. Dar 1 colher de chá duas
- vezes por dia, pura ou passar na bolacha, pão, etc. (vermífugo).
- Outro usos:
- elimina e repele pulgas e percevejos - colocar os ramos debaixo dos colchões e
- varrer a casa utilizando-os como vassoura.
- Toxicologia: deve ser administrada com cautela. É contra indicado
- para gestantes e para crianças menores de 2 anos de idade. Usar sob orientação
- de profissional da área.
- FALSO BOLDO (Coleus barbatus)*
- Indicações: tônico, digestivo, hipossecretor gástrico (para azia e
- dispepsia), carminativo, para afecções do fígado e para ressaca alcoólica.
- Parte usada: folhas frescas.
- Preparo e dosagem:
- - sumo - amassar
- duas folhas em 1 copo e completar com água, tomar 2 a 3 vezes ao dia.
- - tintura - 20 g de planta fresca em 100
- ml de álcool, tomar 20 a
- gotas no momento do incômodo, ou até 3 vezes ao dia.
- Toxicologia: em doses elevadas pode causar irritação gástrica.
- FOLHA-DA-FORTUNA (Bryophylum pinnatum Kurtz)
- Indicações: emoliente (para furúnculos), cicatrizantes
- (queimaduras) e antinflamatório local (uso externo). Refrescante intestinal,
- para coqueluche e demais infecções das vias respiratórias, usada também para
- úlceras e gastrites (uso interno).
- Parte usada: folhas.
- Preparo e dosagem:
- - cataplasma -
- aquecer a folha e colocar sobre o local afetado (furúnculos), em queimaduras**
- ou outros ferimentos fazer uma pasta com a folha e colocar sobre a região
- machucada (cicatrizante).
- - suco - bater no
- liquidificador 1 folha com 1 xíc. de água, tomar 2 vezes ao dia, entre as
- refeições (úlceras e gastrites).
- FUNCHO (Foeniculum vulgare Mill).
- Indicações: carminativo, galactagogo, digestivo, diurético,
- tônico geral e antiespasmódico (cólicas de crianças).
- Parte usada: folhas, frutos e raízes.
- Preparo e dosagem:
- - infusão - 1 xíc.
- de cafezinho de frutos secos em ½ l d'água. Para gases (carminativo) tomar 1
- xíc. de chá a cada 6 horas. Para estimular a secreção de leite materno
- (galactogogo) ingerir 1 xíc. de chá a cada 4 horas. Como digestivo começar a
- tomar 2 horas antes das refeições 1 xíc. de chá a cada meia hora.
- - vinho medicinal
- - (tônico) macerar por dez dias, 30
- g de sementes em 1 litro de vinho, coar, tomar 1 cálice antes de
- dormir.
- - decocção -
- ferver por 5 min. 1 colher de sementes em 100 ml d'água, dar à criança no
- intervalo das mamadas (cólicas).
- Outros usos: o óleo essencial é utilizado na fabricação de licores
- e perfumes. As sementes são utilizadas na confeitaria como aromatizante de
- pães, bolos e biscoitos.
- Toxicologia: O uso de mais de 20 g/l dessa erva pode ser
- convulsivante.
- _________________________________________
- * O falso-boldo só recebe este nome para diferenciar
- de outro boldo (Vernonia condensata), citado nesta apostila, também é conhecido
- por sete-dores ou simplesmente boldo.
- ** Só se deve recorrer exclusivamente ao tratamento
- com plantas, nas queimaduras de 1º grau ou outras de pequena extensão.
- GENGIBRE (Zingiber officinalis)
- Indicações: estimulante gastrintestinal, aperiente, combate os
- gases intestinais (carminativo), vômitos, rouquidão; tônico e expectorante.
- Externamente é revulsivo, utilizado em traumatismos e reumatismos.
- Parte usada: rizoma ("raiz").
- Preparo e dosagem:
- - pulverizar o
- rizoma e ingerir contra vômitos.
- - decocção -
- preparar com 1 colher (chá) de raiz triturada em 1 xíc. de chá de água, tomar 4
- xíc. de chá ao dia.
- - cataplasmas -
- preparar com gengibre bem moído ou ralado e amassado num pano, e deixar no
- local (para reumatismos e traumatismos na coluna vertebral e articulações).
- - rizoma fresco -
- mascar um pedaço (rouquidão).
- - tintura - 100 g do rizoma moído em 0,5 l de álcool, fazer
- fricções para reumatismos.
- - xarope - pode
- ser ralado e adicionado a xaropes, juntamente com outras plantas.
- Toxicologia: o uso externo deve ser acompanhado, para evitar
- possíveis queimaduras.
- GOIABEIRA-VERMELHA (Psidium guajava)
- Indicações: antisséptico bucal e intestinal, inibe
- microorganismos como Salmonella, Serrata e Staphylococcus. Para diarréias
- (principalmente de origem bacteriana) e inflamações da boca e garganta.
- Parte usada: folhas novas, brotos ou "olhos"(até a 6ª
- folha tenra, a partir do ápice). Folhas velhas não têm atividade antisséptica.
- Preparo e dosagem:
- - infusão - são
- utilizados 4 brotos para uma xícara de água fervente, tomar 1 xíc. a cada 2 a 4 horas, ou de hora em hora
- nos casos mais severos (para diarréias). Este chá pode ser utilizado para
- preparar o soro caseiro, basta adicionar sal e açúcar nas quantidades
- recomendadas, que deve ser fornecido para crianças com diarréia (antidiarréico
- e reidratante). Em gargarejos e bochechos, a infusão atua nas inflamações da
- boca e garganta.
- GUACO (Mikania glomerata Spreng.)
- Indicações: tem efeito broncodilatador, comprovado. É um
- antisséptico das vias respiratórias, expectorante, antiasmático, febrífugo,
- sudorífico, anti-reumático e cicatrizante.
- Parte usada: folhas ou planta florida.
- Preparo e dosagem:
- - infusão - 2 xíc.
- de cafezinho de folhas frescas em ½ l d'água 1 xíc. de chá 4 vezes ao dia
- (reumatismo e problemas das vias respiratórias).
- - xarope - fazer a
- decocção com 15-20 folhas de guaco em 100 ml de água, adicionar folhas de poejo
- ou assa-peixe e gengibre ralado ( 1 colher de chá), cobrir e deixar esfriar,
- juntar 150 a
- g de
- açúcar ou rapadura e dissolver. Tomar 1 a 2 colheres de sopa 2 a 3 vezes ao dia, para
- crianças fornecer a metade da dose (crises de tosse).
- Outros usos: é utilizada contra picada de cobras e insetos.
- Toxicologia: pode causar vômitos e diarréia quando usado em
- excesso.
- HORTELÃ-COMUM (Mentha X villosa)
- Indicações: digestivo, estimulante e tônico geral, carminativo,
- antiespasmódico, estomáquico, expectorante, antisséptico, colerético e
- colagogo, vermífugo (giardia/ameba e lombrigas).
- Parte usada: folhas frescas ou secas.
- Preparo e dosagem:
- - bala - tomar 800 g de açúcar, ¼ litros de
- água filtrada e o sumo da hortelã. Coloque a água e o açúcar para ferver até
- atingir o ponto de bala. Adicione o sumo e a bala está pronta (vermífugo e
- expectornte).
- - infusão - 5 ou 10 g de folhas picadas, secas
- ou frescas respectivamente, em 1
- l d'água, tomar 1 xíc. de chá 3 vezes ao dia (uso
- interno, exceto como vermífugo).
- - folhas frescas -
- ingerir 10 a
- folhas por dia, em 3 doses junto às refeições, por 5 a 10 dias (vermífugo).
- - pó - triturar
- folhas secas e peneirar, misturar uma colher de café do pó com mel, e tomar 3
- vezes ao dia, por 7 dias. Para crianças utiliza-se a metade da dose
- (vermífugo).
- - vermífugo com
- alho - amassar 3 a
- folhas frescas com um dente de alho, colocar numa xícara, acrescentar água
- fervente, tampar e deixar esfriar, coar e servir a uma criança 1 vez por dia,
- /2 hora antes do café da manhã, durante 5 dias.
- Toxicologia: pode causar insônia, se tomado antes de dormir, ou em
- uso prolongado.
- MACAÉ (Leonurus sibiricus)
- Indicações: estomáquico, febrífugo, anti-reumático, eupépico,
- contra vômitos e gastrinterite. As flores são usadas para bronquite e
- coqueluche.
- Parte usada: folhas e flores.
- Preparo e dosagem:
- - infusão - 20 g de folhas ou flores secas
- em ½ litro d'água, tomar 3 vezes ao dia.
- - uso externo -
- friccionar as folhas sobre as partes afetadas (anti-reumático).
- - xarope - colocar
- um punhado das folhas e flores picadas em 1 xíc. de cafezinho de água fervente,
- abafar, coar, adicionar 2 xíc. (café) de açúcar, homogeneizar. Para adultos
- fornecer uma colher (sopa), 3 vezes por dia, crianças devem tomar uma colher de
- chá 3 vezes ao dia.
- - tintura -
- misturar duas xíc. (café) de álcool de cereais e 1 xíc. (café) de água com um
- punhado da erva picada, deixar em maceração por 7 dias, agitar sempre, coar,
- armazenar em vidro escuro. Tomar 1 colher (chá) diluída em água. Pode ser
- aplicada em articulações inflamadas.
- Outros usos: insetífugo
- MARACUJÁ (Passiflora edulis)
- Indicações: é utillizada contra inquietações nervosa, irritação
- frequente e contra insônia.
- Parte usada: folhas.
- Preparo e dosagem:
- - infusão - na
- dose de 4 a
- xíc. de chá, toma-se 1 a
- xícaras à noite.
- MESTRATO (Ageratum conyzoides L.)
- Indicações: anti-reumática (uso externo), antidiarrético,
- febrífuga, antinflamatória, carminativa, emanagogo, tônica, útil contra
- resfriados e para cólicas menstruais.
- Parte usada: toda a planta.
- Preparo e dosagem:
- - infusão -
- (cólicas menstruais) 1 xíc. de cafezinho da planta seca picada em ½ l de
- água, tomar 1 xíc. de chá de 4 em 4 horas.
- - tintura - 1 xíc.
- de cafezinho da planta fresca para 5 xíc. de álcool, tomar 10 gotas em água 2
- vezes ao dia (cólicas) ou aplicar em massagens locais (reumatismo/artrose).
- - pó - colocar 1
- colher das de café do pó em água ou suco de frutas para cada dose a ser tomada,
- tomar 3 a
- vezes ao dia (artrose).
- - decocção (uso
- externo) - cozinhar a planta inteira e despejar o chá morno numa vasilha,
- colocar os pés ou mãos dentro durante 20 minutos, 2 vezes ao dia. Ou usá-lo sob
- a forma de compressas, 2 vezes ao dia (reumatismo e artrose).
- Outros usos: apresenta atividade contra insetos hemípteros
- (precocenos).
- Toxicologia: sem efeitos tóxicos nos estudos realizados.
- MIL-FOLHAS (Achilea millefolium L.)
- Indicacões: antiespasmódico, estomáquico e expectorante. Contra
- distúrbio digestivos (dispepsia) e úlceras internas, varises, cólicas
- menstruais, amenorréia, celulite e hemorróidas. Cicatrizante, antinflamatório e
- anti-reumático (uso externo).
- Parte usada: folhas e inflorescências.
- Preparo e dosagem
- - infusão - 1 a 2 colheres de sopa da
- planta seca em 1 xíc. de água, tomar 1 a 2 xíc., de chá ao dia (uso interno).
- - decocção - uso
- externo para lavar feridas, ulcerações e hemorróidas, sob a forma de
- compressas.
- - sumo - preparado
- com a planta fresca previamente lavada, colocado sobre ferimentos e ulcerações.
- Toxicologia: existem referências que tratam de sua possível ação
- tóxica nos animais domésticos.
- PATA -DE-VACA (Bauhinia fortificata Link.)
- Indicações:hipogliceminante (antidiabético), purgativo e
- diurético. Para problemas do aparelho urinário.
- Parte usada:folhas, flores e raízese/ou cascas do tronco.
- Preparo e dosagem:
- - infusão - 2 xíc.
- de cafezinho da folha picada em ½ l de água ou 1 folha picada por xíc. de
- chá, tomar 4 a
- xíc. de chá ao dia (diabetes*).
- - infusão - flores
- (purgativo).
- - pó -feito com
- cascas e folhas secas. Usar na forma de decocção, com uma colher se sopa em 150
- ml de água (1 xíc.). Tomar ½ a 1 xíc. de chá ao dia.
- Toxicologia: sem referências.
- _______________________________________
- * Não interromper a dieta específica para diabetes.
- POEJO (Mentha pulleglum)
- Indicações: carminativo, digestivo, vermífugo,expectorante,
- antisséptico, antiespasmódico, emenagogo e para hidropsia.
- Parte usada: toda a planta.
- Preparo e dosagem:
- - infusão - 20 g de planta fresca em 1 l de água, ou 4 a 5 g por xíc. de chá, ou, ainda,
- a 2 g da planta seca por xíc. de
- chá, tomar 1 a
- xíc. por dia. O infuso se tomado 10 min. antes das refeições, juntamente com
- o suco de ½ limão, estimula as funções gástricas.
- Outros usos: serve para afugentas pulgas e mosquitos.
- Toxicologia: a pulegona é citada por possuir efeito tóxico em altas
- doses. Devido à presença do borneol, não se recomenda o uso de planta por
- grávidas, especialmente nos 3 primeiros meses.
- QUEBRA-PEDRA (Phyllanthus niruri L.)
- Indicações: diurética, fortificante do estômago, aperiente, para
- cistite, anti-infeccioso das vias urinárias, para hipertensão
- arterial(diurético). A ação analgésica e relaxante muscular de seus alcalóides,
- ajuda na expulsão dos cálculos renais, por atuar no relaxamento dos uréteres.
- Parte usada: toda a planta.
- Preparo e dosagem:
- - infusão - 1
- xícara de cafezinho da planta fresca picada em ½ l d'água, tomar 1 xíc. de
- chá 6 vezes ao dia (uso geral).
- - decocção - 2
- plantas inteiras em ½ litro d'água, tomar várias vezes ao dia, suspender por
- duas semanas o uso, do decocto após 10 dias de uso contínuo (relaxamento dos
- uréteres).
- Toxicologia: abortiva e purgativa em dosagens acima das normais.
- TANCHAGEM (Plantago sp.)
- Indicações: expectorante, antidiarréico (folha), cicatrizante,
- adistrigente, emoliente e depurativo. Usada no tratamento da inflamações
- bucofaringeanas, dérmicas, gastrintestinais e das vias urinárias. As sementes
- são laxativas.
- Parte usada: toda a planta.
- Preparo e dosagem:
- - infusão - 1 xíc.
- de cafezinho de folhas frescas picadas em ½ l d'água, tomar 1 xíc. de chá a
- cada 6 horas para infecções bucofaringeanas e 1 xíc. a cada 8 horas para
- problemas gastrintestinais.
- - gargarejo - acrescentar
- à infusão 1 colher de sopa de sal comum, gargarejar 3 vezes ao dia.
- - infusão -
- utilizar 1 colher (sopa) de sementes em 1 copo de água fervente. Deixar uma
- noite em maceração. No
- dias seguinte, em jejum, tomar o copo (laxante suave).
- - cataplasma -
- colocar as folhas frescas amassadas sobre feridas, para favorecer a
- cicatrização.
- Toxicologia: sem referências bibliográficas.
- *************************************************************************************
- PARTE IV - PREPARO E USO DE
- FITOTERÁPICOS
- FORMAS DE PREPARO E USO
- BANHO: Faz-se uma infusão ou decocção (veja a
- seguir) mais concentrada que deve ser coada e misturada na água do banho. Outra
- maneira indicada é colocar as ervas em um saco de pano firme e deixar boiando
- na água do banho. Os banhos podem ser parciais ou de corpo inteiro, e são
- normalmente indicados 1 vez por dia.
- CATAPLASMA: São obtidas por diversas formas:
- a) amassar as
- ervas frescas e bem limpas, aplicar diretamente sobre a parte afetada ou
- envolvidas em um pano fino ou gase;
- b) as ervas secas
- podem ser reduzidas a pó, misturadas em água, chás ou outras preparações e
- aplicadas envoltas em pano fino sobre as partes afetadas;
- c) pode-se ainda
- utilizar farinha de mandioca ou fubá de milho e água, geralmente quente, com a
- planta fresca ou seca triturada.
- COMPRESSA: É uma preparação de uso local (tópico) que
- atua pela penetração dos princípios ativos através da pele. Utilizam-se panos,
- chumaços de algodão ou gase embebidos em um infuso concentrado, decocto, sumo
- ou tintura da planta dissolvida em água. A compressa pode ser quente ou fria.
- Outra forma é
- molhar a ponta de uma toalha e colocar no local afetado, cobrindo com a outra
- ponta da toalha seca, para conservar o calor.
- DECOCÇÃO: Preparação normalmente utilizada para
- ervas não aromáticas (que contém princípios estáveis ao calor) e para as drogas
- vegetais constituídas por sementes, raízes,cascas e outras partes de maior
- resistência à ação da água quente. Numa decocção, coloca-se a parte da planta
- na quantidade prescrita de água fervente. Cobre-se e deixa-se ferver em fogo
- baixo por 10 a
- minutos. A seguir deve-se coar e espremer a erva com um pedaço de pano de ou
- coador. O decocto deve ser utilizado no mesmo dia de seu preparo.
- GARGAREJO: Usado para combater afecções da garganta,
- amigdalites e mau hálito. Faz-se uma infusão concentrada e gargareja quantas
- vezes for necessário. Ex.: Sálvia (máu hálito), tanchagem, malva e romã
- (amigdalites e afecções na boca).
- INALAÇÃO: Esta preparação utiliza a combinação do
- vapor de água quente com aroma das substâncias voláteis das plantas aromáticas,
- é normalmente recomendada para problemas do aparelho respiratório. Colocar a
- erva a ser usada numa vasilha com água fervente, na proporção de uma colher de
- sopa da erva fresca ou seca em ½ litro d'água, aspirar lentamente (contar até
- durante a inspiração e até 3 quando expelir o ar), prosseguir assim
- ritmicamente por 15 minutos. O recipiente pode ser mantido no fogo para haver
- contínua produção de vapor. Usa-se um funil de cartolina (ou outro papel duro);
- ou ainda uma toalha sobre os ombros, a cabeça e a vasilha, para facilitar a
- inalação do vapor. No caso de crianças deve-se ter muito cuidado, pois há
- riscos de queimaduras, pela água quente e pelo vapor, por isso é recomendado o
- uso de equipamentos elétricos especiais para este fim.
- INFUSÃO: Preparação utilizada para todas as partes
- de plantas medicinais ricas em componentes voláteis, aromas delicados e
- princípios ativos que se degradam pela ação combinada de água e do calor.
- Normalmente, trata-se de partes das plantas tais como flores botões e folhas.
- As infusões são obtidas fervendo-se a água necessária, que é derramada sobre a
- erva já separada, colocada noutro recipiente. Após a mistura, o recipiente
- permanece tampado por um tempo variável entre 5 e 10 minutos. Deve-se coar o
- infuso, logo após o término do repouso. Também o infuso deve ser ingerido no
- mesmo dia da preparação.
- MACERAÇÃO: Preparação (realizada a frio) que consiste
- em colocar a parte da planta medicinal dentro de um recipiente contendo álcool,
- óleo, água ou outro líquido. Folhas, flores e outras partes tenras ficam
- macerando por 18 a
- horas. Plantas onde há possibilidade de fermentações não devem ser
- preparadas desta forma.O recipiente permanece em lugar fresco, protegido da luz
- solar direta, podendo ser agitado periodicamente. Findo o tempo previsto,
- filtra-se o líquido e pode-se acrescentar uma quantidade de diluente (água por
- exemplo), se achar necessário para obter um volume final desejado.
- ÓLEOS: São feitos na impossibilidade de fazer
- pomadas ou compressas. As ervas secas ou frescas são colocadas em um frasco
- transparente com óleo de oliva, girassol ou milho, depois manter o frasco
- fechado diretamente sob o sol por 2
- a 3 semanas. Filtrar ao final e separar uma possível camada
- de água que se formar. Conservar em vidros que o protejam da luz.
- PÓS: A planta é seca o suficiente para permitir
- sua trituração com as mãos, peneirar e frasco bem fechado. As cascas e raízes
- devem ser moídas até se transformarem em pó. Internamente
- pode ser misturado ao leite ou mel e externamente, é espalhado diretamente
- sobre o local ferido ou misturado em óleo, vaselina ou água antes de aplicar.
- SUCO OU SUMO: Obtém-se o suco espremendo-se o fruto e o
- sumo ao triturar uma planta medicinal fresca num pilão ou em liquidificadores e
- centrífugas. O pilão é mais usado para as partes pouco suculentas. Quando a
- planta possuir pequena quantidade de líquido, deve-se acrescentar um pouco de
- água e triturar novamente após uma hora de repouso, recolher então o líquido
- liberado. Como as anteriores, esta preparação também deve ser feita no momento
- do uso.
- TINTURA: Maneira mais simples de conservar por
- longo período os princípios ativos de muitas plantas medicinais. Deixam-se
- macerar 250 g
- da planta fresca picada em 500 ml de álcool a 80 ou 90% por um período variável
- entre 8 e 10 dias em local protegido da luz solar, a seguir espremer e filtrar
- o composto obtido. No caso de ervas secas, utiliza-se 250 a 300 g de ervas para um litro
- de álcool a 70% (7 partes de álcool e 3 de água). Quando possível utilize o
- álcool de cereais. Conserve sempre ao abrigo da luz em frasco tampado. Usa-se
- na forma de gotas dissolvidas em água para uso interno, ou em pomadas,
- unguentos e fricções em uso externo. Os príncipios ativos presentes nas
- tinturas alcançam rapidamente a circulação sanguínea.
- UNGÜENTO E POMADA: A pomada pode ser preparada com o sumo da
- erva ou chá mais concentrado misturado com a banha animal, gordura de coco ou
- vaselina na forma líquida. Pode-se ainda aquecer as ervas na gordura depois
- coar e guardar em frascos tampados e, ainda, pode ser adicionada a tintura à
- vaselina. Pode-se adicionar um pouco de cera de abelha nas preparações a quente
- da pomada. As pomadas permanecem mais tempo sobre a pele, devem ficar usadas a
- frio e renovadas 2 a
- vezes ao dia.
- VINHO MEDICINAL: Usar vinho branco, tinto ou licoroso com
- graduação alcoólica de aproximadamente 11 GL. Usar 5g de ou mais ervas (ou a
- dosagem indicada) para cada 100 ml de vinho. Macerar bem, tampar e deixar em
- local escuro, ao abrigo da luz por um período de 10 a 15 dias. Filtra-se o
- preparado. Toma-se uma colher antes ou depois das refeições, ou conforme
- indicações, segundo os efeitos desejados.
- XAROPE: Os xaropes são utilizados normalmente nos
- casos de tosses, dores de garganta e bronquite. Na sua preparação, faz-se
- inicialmente uma calda com açúcar cristal rapadura, na proporção de 1.5 a 2 partes para cada 1
- parte de água, em voluma, por exemplo, 1.5 a 2 xícara de açúcar ou repadura ralada. A
- mistura é levada ao fogo e, em poucos minutos há completa dissolução e a calda
- estará pronta, com maior ou menor consistência, conforme desejado, então são
- adicionadas as plantas preferencialmente frescas e picadas, coloca-se em fogo
- baixo e mexe-se por 3 a
- minutos, findos os quais o xarope é coado e guardado em frasco de vidro. Se
- for desejada a adição de mel ou em substituição ao açúcar, não se deve aquecer,
- neste caso adiciona-se apenas o suco da planta ou a decocção ou infusão frios.
- O xarope pode ser preparado com tinturas, neste caso adiciona-se 1 parte de
- tintura para 3 partes da mesma calda com açúcar ou rapadura. As decocções podem
- ainda servir de base para o xarope, neste caso adiciona-se o açúcar diretamente
- nas mesmas, podendo submeter a leve aquecimento para facilitar a dissolução do
- açúcar. A quantidade de plantas a ser adicionada em cada xarope é variável
- segundo a espécie vegetal. O xarope pode ser guardado por até 15 dias na
- geladeira, mas se forem observados sinais de fermentação, ele deve ser
- descartado, no caso dos xaropes preparados com tinturas, o período de
- conservação tende a ser maior. O uso de gotas de tintura de própolis no xarope
- serve como conservante, além de auxílio terapêutico. Obviamente, os xaropes,
- devido à grande quantidade de açúcar, não devem ser usados por diabéticos.
- De um modo em
- geral, o horário em que se toma os preparados fitoterápicos é muito importante
- para a cura ou efeitos desejados. Assim tem-se as seguintes regras gerais:
- desjejum ou café
- da manhã - toma-se os laxativos, depurativos, diuréticos e vermífugos (meia
- hora antes) ;
- duas horas antes
- e depois das refeições principais - toma-se as preparações antireumáticas,
- hepatoprotetoras, neurotônicas, contra a febre e tosse;
- meia hora antes
- das refeições principais - preparações tônicas e antiácidas;
- depois das
- refeições principais - todas as preparações digestivas e contra gases;
- antes de deitar
- - todosa os preparados protetores do fígado e laxativos.
- As dosagens dos
- remédios caseiros são variáveis de acordo com a idade, na ausência de
- recomendações específicas para os chás, utilize as indicadas a seguir:
- Menor de 1 ano
- de idade: 1 colher de café do preparado 3 vezes ao dia
- De 1 a 2 anos: ½ xíc. de chá 2
- vezes ao dia
- De 2 a 5 anos: ½ xíc. de chá 3
- vezes ao dia
- De 5 a 10 anos: ½ xíc. de chá 4
- vezes ao dia
- De 10 a 15 anos: 1 xíc. de chá 3
- vezes ao dia
- Adultos: 1 xíc.
- de chá 3 a
- vezes ao dia
- Outra recomendação
- se refere à redução proporcional das doses para crianças de acordo com a idade,
- assim se recomenda uma sexta, uma terça ou meia parte da dose preconizada para
- adultos.
- Para facilitar as
- preparações na Tabela II estão as unidades domésticas de volume e respectivos
- pesos:
- TABELA II -
- Unidade de volume com pesagens
- UNIDADES DE VOLUME
- PESO - g
- colher de chá de
- raízes secas 04
- colher de chá de
- folhas frescas 02
- colher de chá de
- raízes ou cascas secas 20
- colher de sopa
- de folhas secas 02
- colher de sopa
- de folhas frescas 05
- GLOSSÁRIO
- Abcesso. Inchação causada por formação de pus ou acúmulo de pus numa cavidade.
- Ácido Úrico. Ácido que, geralmente, é eliminado do organismo pela
- urina, mas que, em casos patológicos, forma grandes depósitos nas articulações
- (gota) ou nas vias urinárias (cálculos).
- Acolia. Falta ou interrupção da secreção biliar .
- Adenite. Inflamação das glândulas.
- Adstringente. Agente que diminui ou impede a secreção ou absorção,
- causa sensação de secura e aspereza na boca.
- Afecção. Doença.
- Albuminúria. Emissão de urina contendo albumina.
- Amenorréia. Ausência de menstruação.
- Analgésico. Agente que acalma ou impede a dor.
- Ancilose. Diminuição ou privação do movimento numa articulação.
- Ancilostomíase. Verminose intestinal.
- Anestésico. Agente que abranda ou tolhe a sensibilidade.
- Aneurisma. Tumor formado no trajeto de uma artéria.
- Angina. Inflamação intensa das mucosas da face, laringe e traquéia.
- Anexite. Inflamação dos anexos do útero (trompas e ovários).
- Anorexia. Ausência de apetite.
- Antiácido. Que neutraliza a ação dos ácidos.
- Antiartrítico. Que combate o artritismo (predisposição às afecções
- articulares) .
- Antidiarréico. Agente que evita ou combate a diarréia.
- Antiemético. Que previne vômito.
- Antiescobúrtico. Agente que combate o escorbuto.
- Antiescrofuloso. Agente que combate os tumores da tuberculose.
- Antiespasmódico. Que age contra espasmos e dores agudas.
- Antiflogístico. Que combate ou suprime febre e inflamações.
- Antihelmíntico. Vermífugo.
- Anti-hemorrágico. Que favorece a coagulação do sangue.
- Antilítico. Previne a formação de cálculo no sistema urinário e
- colabora na sua remoção.
- Antimicrobiano. Agente que destroi microorganismos.
- Antipirético. Que diminui a temperatura corporal em estados febris.
- Antisséptico. Que age contra infecções, destruindo ou inibindo a
- proliferação de microorganismos patogênicos.
- Antitérmico. Febrífugo.
- Antraz. Aglomeração de furúncúlos.
- Anúria. Diminuição ou supressão da secreção urinária.
- Aperiente. Que estimula o apetite.
- Apoplexia. Hemorragia cerebral que determina a suspensão da
- sensibilidade do movimento.
- Arteriosclerose. Degeneração e endurecimento das artérias, produzindo
- distúrbios circulatórios e alterações nos órgãos, com enfraquecimento das
- artérias cerebrais e decadência psíquica.
- Artrite. Inflamação de uma ou mais articulações.
- Ascaridiose. Verminose intestinal.
- Ascite. Acúmulo de líquido na cavidade abdominal; barriga d'agua.
- Astenia. Debilidade geral do corpo.
- Bacteriostático. Antisséptico, que impede o desenvolvimento de
- bactérias.
- Balsâmico. Que combate as inflamações das mucosas das vias
- respiratórias.
- Béquico. Que combate a tosse, antitussígeno.
- Blefarite. Inflamação localizada nas pálpebras.
- Blenorragia. Infecção purulenta das menbranas mucosas,
- especialmente da uretra e da vagina; blenorréia ou gonorréia.
- Calmante. O mesmo que sedativo.
- Caquexia. Estado de desnutrição profunda, produzido por diversas causas.
- Carcinoma. Tumor maligno constituido por células epiteliais.
- Cardialgia. Dor aguda no coração.
- Cardiotônico. Que estimula e regula as contrações cardíacas.
- Carminativo. Agente que favorece e provoca a expulsão de gases
- intestinais.
- Catártico. Purgante mais energético que o laxante e menos
- drástico.
- Cefaléia. Dor de cabeça.
- Cirrose. Endurecimento de um órgão em consequência de aumento de tecido
- conjuntivo.
- Cistite. Inflamação da bexiga urinária.
- Clíster. Injeção de água pura ou medicamento no intestino, através do reto.
- Clorose. Tipo de anemia peculiar à mulher.
- Colagogo. Que provoca e favorece a expulsão da bílis.
- Colerético. Agente que aumenta a produção de bílis.
- Colutório. Líquido medicamentoso para as mucosas bucais.
- Convulsão. Contração muscular bruta e involuntária.
- Defluxo. Coriza ou catarro nasal.
- Depurativo. Medicamento que libera o organismo e o sangue de
- substâncias tóxicas, através da urina, fezes ou suor.
- Desobstruente. Agente que combate as obstruções intestinais e
- hepáticas.
- Detersivo. Que serve para limpar feridas e chagas, purificador.
- Diaforético. Que provoca e favorece a sudorese (transpiração).
- Dispepsia. Dificuldade em digerir.
- Dispnéia. Dificuldade em respirar.
- Disúria. Expulsão dolorosa da urina.
- Diurético. Que provoca a eliminação abundante de urina.
- Eczema. Doença da pele, com avermelhamento e prurido.
- Edema. Acúmulo patológico de líquido proveniente do sangue.
- Emenagogo. Que restabelece o fluxo menstrual.
- Emético. Que provoca vômito.
- Emoliente. Medicamento que avalia as dores de uma superficie
- interna e irritada.
- Enterite. Inflamação intestinal.
- Espitaxe. Derramamennto de sangue pelas fossas nasais.
- Epitelioma. Tumor epitelial.
- Erisipela. Inflamação aguda da pele que provoca seu
- enrubescimento.
- Escorbuto. Doença devido à carência de vitamina C.
- Escrofulose. Estado de quem tem escrófulas (tuberculose das
- glâdulas linfáticas acompanhada de abcessos supurantes).
- Espasmolítico. Antiespasmódico.
- Estimulante. Excita a atividade nervosa e vascular.
- Estomático. Que cura doeças da boca.
- Eupéptico. Estomáquico.
- Exantema. Qualquer erupção cutânea.
- Expectorante. Quando exerce ação sobre as vias respiratórias
- ajudando a expulsar o catarro dos canais bronquiais.
- Febrífugo. Antipirético .
- Fitoterapia. Tratamento das doenças com utilização de remédios de
- origem vegetal, isto é, por meio de drogas vegetais secas ou partes vegetais
- recém colhidas e seus extratos naturais.
- Fratulência. Acúmulo de gases no tubo degestivo.
- Gota. Reumatismo decorrente do excesso de ácido úrico no sangue.
- Galactagogo. Agente que provoca ou aumenta a secreção do leite.
- Hematúria. Emissão, pela uretra, de sangue puro ou misturado com
- a urina.
- Hemoptise. Eliminação pela boca de sangue originado dos pulmões
- Hemostático. Agente que evita hemorragias.
- Hidropisia. Acúmulo do soro nas células ou numa cavidade do
- corpo.
- Hipercolesteromia. Alto nível de colesterol no sangue.
- Hiperemia. Grande quantidade de sangue em qualquer parte do
- corpo.
- Hipertrigliceridomia. Grande quantidade de triglicerídeos na corrente
- sanguínea.
- Hipocondria. Estado mental caracterizado por depressão e por
- doentia preocupação com o funcionamento dos órgãos.
- Hipoglicemiante. Que diminui a taxa de glicose do sangue.
- Hipotensor. Que diminui a pressão arterial.
- Histeria. Psiconeurose que pode se manisfestar por reações exteriores de
- agitação ou simulação de sintomas orgânicos diversos.
- Impingem. Moléstia de pele, contagiosa, aguda, caracterizada por formar
- vesículas.
- Laxativo. Vide purgativo.
- Leucorréia. Secreção branca vaginal ou uterina.
- Linfagite. Inflamação dos vasos linfáticos.
- Meteorismo. Formação de gases que provocam inchaços e dores.
- Metrorragia. Hemorragia uterina.
- Panarício. Inflamação das partes moles que circundam a falange,
- normalmente purulenta.
- Peitoral. Que cura doenças do aparelho respiratório.
- Princípio ativo. Composto químico encontrado na planta medicinal,
- responsável por seu poder terapêutico.
- Purgativo. Substância que causa forte evacuação intestinal.
- Resolutivo. Que faz cessar uma inflamação.
- Retite. Inflamação do reto (última parte do intestino grosso).
- Revulsivo. Medicamento que provoca aumento do fluxo sanguíneo.
- Rubefaciente. Que provoca vermelhidão.
- Sedativo. Agente tranquilizante do sistema nervoso central, sem provocar sono ou
- analgesia.
- Sialagogo. Que provoca salivação.
- Terçol. Pequeno abcesso na borda das pálpebras.
- Tônico.Medicamento que excita a atividade orgânica, diminuindo a fadiga.
- Uremia. Intoxicação provocada pela retenção das substâncias que deviam ser
- eliminadas na urina.
- Vesicatória. Substância que produz vesículas.
- Vulnerário. Que cura feridas e chagas, favorece a cicatrização.